O Museu de Arte Moderna da Bahia traz para a cidade de Salvador a exposição Okòtò: Espiral da Evolução, a primeira mostra individual da artista e designer baiana Goya Lopes.
Aos 71 anos, com mais de 50 anos de carreira e um repertório visual singular, Goya é reconhecida por suas estampas com cores vibrantes e formas simbólicas que traduzem narrativas afro-brasileiras.
Além de 50 catálogos de retalhos, a exposição reúne peças de vestuário, figurinos artísticos e destaques de seu acervo pessoal.
Baiana de Salvador, Goya Lopes pinta e desenha desde os 16 anos, antes mesmo de entrar para a Escola de Belas Artes da UFBA.
A exposição passeia por sua vida, começando com os casarios nas pinturas da adolescência, passando pela busca por abstrações na gravura, até a descoberta da potência das linhas estampadas sobre tecidos.
A artista é referência no design e na arte têxtil brasileira também porque desvenda, nos seus tecidos e criações, a identidade de sua cidade, Salvador, a mais negra depois das cidades africanas.
O conceito de Okòtò, termo iorubá que dá nome à exposição, representa uma espiral da evolução. E é esse movimento que conduz a narrativa da mostra.
Para Carol Barreto, modativista e professora da Universidade Federal da Bahia, a ideia de um movimento contínuo, que une passado, presente e futuro, revela tanto a potência criativa da artista quanto o impacto de sua obra no imaginário coletivo.
A exposição sobre os 50 anos da carreira de Goya Lopes fica em cartaz no Museu de Arte Moderna da Bahia até o dia 9 de agosto. A entrada é gratuita.
